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quinta-feira, 16 de maio de 2013

ARTIGO

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Heróis anônimos

A garota que saiu da favela para estudar medicina em Cuba guarda semelhanças com o professor que largou a escola para ensinar as pessoas a reciclar lixo. Também há identidade comum entre os abnegados que se entregam à caridade nas casas espíritas e aqueles que usam o surfe para tirar crianças das ruas.
São esses cidadãos de Guarujá que estão fazendo a diferença de verdade e evitando o apagão de ideias e de atitudes novas que se instalou na ilha de Santo Amaro há algum tempo. Há muitos mais deles, em cada esquina, agindo em grupos ou sós, mas determinados a mudar o destino de suas vidas e, melhor ainda, a dos outros também.
Os heróis anônimos que mantêm a cidade em vida nos remetem à necessidade de uma junção entre o que sabemos que precisa ser feito e a forma de delegarmos a alguém o poder para tornar reais nossos sonhos coletivos. Há um problema quando se arrepende tão cedo de um voto, pois só fazemos isso a cada quatro anos, o que pode ser uma eternidade com a luz apagada.
No momento, há um clima de desânimo, incredulidade e impotência entre muitos agentes políticos e formadores de opinião de Guarujá, mas tornou-se conveniente calar-se ou esperar não sei o que. Nessa hora, os heróis anônimos dos quais nem sempre lembramos, têm esse estranho poder de passar à margem da pasmaceira e tocar seus projetos, desde que pelo menos ninguém os atrapalhe.
E neste processo, que mais se parece com um teatro do absurdo, há sempre um papel reservado para cada um de nós. Basta que a pessoa se enquadre em uma das categorias nas quais se divide o mundo. Há as pessoas que protagonizam, há as que pensam que protagonizam e há também aquelas que sequer sabem o que isso significa.

Valdir Dias
Jornalista – Colaborador

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